Schuster Coleção 2017/2018: Biombo Tear

Publicado em 21/02/2018

Os biombos eram uma das peças de mobiliário favoritas da estilista francesa Coco Chanel, famosa por seu gosto refinado – consta que ela chegou a ter 32 biombos na sua casa em Paris. “Eu quase desmaiei de alegria quando, ao entrar em uma loja chinesa, me deparei com o biombo chinês pela primeira vez. Os biombos foram a primeira coisa que eu comprei”, contou Chanel a um jornalista.



O entusiasmo da estilista talvez se justifique por estas serem peças que combinam versatilidade, beleza e funcionalidade a um toque de mistério e de delicadeza, com suas fendas e seus zigue-zagues indefinidos e seu ar um pouco secreto, separando-nos de um outro lado. Oriunda da cultura oriental, a palavra “biombo” significa etimologicamente “tela de proteção contra o vento”, o que faz referência ao propósito original com que a peça foi criada: o de evitar que o vento soprasse para dentro das habitações.



Hoje apresentamos o Biombo Tear, peça que abrilhanta a Coleção Schuster 2017/2018 e que leva a assinatura do designer gaúcho Henrique Schreiber. Nascido no interior do Rio Grande do Sul, proveniente de uma família de marceneiros, Henrique herdou de seus ascendentes a paixão pela marcenaria. Ele é adepto do “design mão na massa”, buscando em seus projetos a “materialização dos sentimentos, sensações e emoções, em resposta aos anseios e necessidades do usuário”, em constante equilíbrio entre o estético e a viabilidade comercial.



O Biombo Tear e o zigue-zague de materiais nobres



Diz-se que foi a partir da observação dos ninhos de pássaros que surgiram as primeiras tramas de materiais naturais que depois evoluíram para tecidos, originando um processo conhecido hoje em dia como o de “tecelagem”. Como resultado dessa evolução, surgiu o tear, um aparelho mecânico empregado na tecelagem, que facilitou os processos de produção de tecidos e de tapetes. O tear está, assim, relacionado à delicadeza do tecido e ao cuidado do artesanato.



Este é o mote que se reflete na concepção do Biombo Tear, concebido a partir da mesma dinâmica criada por nossos antepassados. O desenho da peça promove uma mescla entre materiais amadeirados tensionados e barras de metal, tecendo um zigue-zague semiaberto de materiais nobres. A madeira é, assim, atravessada por barras de metal inox ou latão, numa analogia ao tear cujos pregos atravessavam os tecidos. Para facilitar o transporte e conferir ainda mais mobilidade à peça, duas pequenas rodas de madeira foram instaladas em cada uma das suas três faces.



Ainda nos dias de hoje, os biombos são peças muito valorizadas nas habitações. Eles constituem a solução mais prática e rápida encontrada até hoje para separar, dividir, delimitar ou mesmo esconder um dado ambiente sem ter que levantar paredes. Para delimitar a sala de estar da de jantar, por exemplo, eles são ótimos divisores. Caso seja necessário ampliar os cômodos e deixar a passagem livre, basta retirá-los temporariamente. Nos quartos, eles podem criar um cantinho específico para a troca de roupas. Como se vê, são inúmeros os usos deste móvel.



Quanto ao Tear, todas as escolhas primorosas de confecção fazem dele uma peça com um aspecto simples e natural, mas tão delicado e elegante quanto os biombos chineses. Assim, o móvel tem tudo para agradar ao gosto mais refinado.



 



Equipe Schuster.


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