Cadeira Pantosh Schuster: A tradução da personalização do estilo.

Publicado em 12/06/2017

A Cadeira Pantosh, cujo nome deriva da união de dois sobrenomes simbólicos do design mundial – o dinamarquês Verner Panton e o designer escocês Charles Rennie Mackintosh – é um clássico do repertório Schuster. A peça foi criada pela dupla de designers da grife carioca Lattoog, identidade empresarial que também é fruto de uma fusão de sobrenomes, Lattavo e Moog.



A Cadeira Pantosh, lançada em 2008, é uma releitura da Cadeira Panton, do arquiteto Verner Panton, criada em 1968. Ela tem influência também da Poltrona Willow, do arquiteto escocês Charles Rennie Mackintosh, criada entre 1902 e 1904. Derivam dessa fusão o seu desenho e o seu nome. A Pantosh chama atenção pela sua proposta excêntrica e por sua geometria desafiadora. As curvas acentuadas, sobre as quais se apoiam a base e o acento do móvel, criam uma forma escultural digna de admiração.



A Pantosh, que abrilhantou o cenário do programa global “Encontro com Fátima Bernardes”, em 2012, despertando afeição do público, e que atuou na minissérie “As cariocas”, em uma cena interpretada por Fernanda Montenegro, em 2010, é ideal também para espaços residenciais ou comerciais. Motivos não faltam para que a peça faça parte de ambientes modernos e vibrantes, que recebem pessoas com estilo de vida sensível à arte da decoração.



Por isso, a Schuster acredita que o design sofisticado dos seus móveis leva para o público mais do que belos objetos; ele imprime um sentimento, porque vai além da fabricação e da venda. Os móveis Schuster se constituem de afeto desde o trabalho interno, com a dedicação do artesão, até o momento de instalação. A preocupação com o conforto e a elegância é uma das peculiaridades da marca gaúcha.



Reconhecendo seu significado e encantamento, a Schuster investiu na peça para fazer dela uma de suas principais apostas para ambientes abertos ou fechados, públicos ou familiares. A Pantosh é considerada por alguns arquitetos, como Carlos Murdoch, como um “design perene”, isto quer dizer que a sua proposta não é momentânea, mas permanecerá por muitos anos, por isso o mobiliário vale o investimento. Murdoch considera a Cadeira Pantosh como um objeto que não sairá de moda, por essa razão ela pode ser adquirida sem receios, pois carrega uma “permanência sobre o tempo e o estilo, podendo se adequar às tendências futuras”.



Conforme descreve a própria Lattoog, a Cadeira Pantosh cria uma sintonia com o conceito de “antropofagia cultural”, termo lançado por Oswald de Andrade no auge do modernismo brasileiro, que significa “devorar a cultura colonizadora e transformá-la em cultura brasileira revolucionária”. Por isso, o móvel cria uma intertextualidade com peças clássicas ao mesmo tempo em que se apresenta como novidade. Como afirma Murdoch, “a Cadeira Pantosh é o fruto de uma homenagem muito bem-humorada, com um sabor carioca, ao design clássico. E, ao mesmo tempo, uma peça com personalidade própria”.



A Pantosh ganhou o Prêmio Idea Brasil em 2010, e foi finalista da premiação do Museu da Casa Brasileira 2009 e finalista da premiação internacional IF Awards 2009, em Frankfurt.


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