Schuster Coleção 2017/2018: Cadeira Eclipse

Publicado em 23/11/2017

Na Coleção Schuster 2017/2018, replicamos a já aclamada parceria com renomados arquitetos e designers. A cada peça, o talento do desenho nacional salta à vista por meio de uma leitura singular e reinventiva das formas tradicionais.



É o que acontece com a Cadeira Eclipse, assinada pela dupla Leonardo Lattavo e Pedro Moog, que formam a grife carioca Lattoog. Leonardo e Pedro assinam ao todo sete peças para a Coleção 2017/2018, algumas das quais foram destaque recentemente aqui no blog, como a Poltrona Basket e a Mesa Lateral Colmeia. Na Cadeira Eclipse, uma das principais linhas de pensamento da Lattoog ganha evidência: a simplicidade.



Uma simplicidade complexa



Estamos habituados a pensar a simplicidade e a complexidade como polos opostos e excludentes. Contudo, nas criações humanas, não raro o que ocorre é uma fusão dessas categorias irreconciliáveis. Isso se dá a partir do reconhecimento de que a simplicidade implica esforço e é não é fácil atingi-la.



Por outras palavras, a simplicidade não é simples, exigindo dos criadores que a perseguem um exercício de verdadeira maestria. Na Cadeira Eclipse, a simplicidade é uma qualidade distintiva alcançada por meio de um processo complexo de eliminação calculada de tudo o que é não essencial, de tudo o que sobra.



De fato, a observação do desenho desta peça da Lattoog revela um exercício de verdadeira depuração da forma. Uma estrutura de madeira maciça com lâmina moldada define duas elipses similares que correspondem ao assento e ao encosto. Essa estrutura, por sua vez, repousa sobre um esqueleto metálico com uma estrutura vazada. A elipse é a forma geométrica que resulta de uma perturbação do círculo, que perde o seu centro único. Ela é por isso uma forma relacionada a uma visão de mundo moderna, complexa e descentralizadora – não por acaso esta foi a forma geométrica por excelência do movimento artístico Barroco. Elíptica é também a forma das órbitas que os planetas descrevem ao redor do Sol. Assim, nesta peça, estão mesclados os signos da simplicidade e da modernidade, o que remete a um trânsito entre o simples e o complexo.  



O nome da Cadeira Eclipse, qual jogo de linguagem barroco, brinca com a semelhança sonora em relação ao nome da figura geométrica que dá forma à peça. “Eclipse”, vocábulo que etimologicamente significa “desaparecimento”, faz também referência à fusão das elipses – encosto e assento – que ocorre na peça.



Desenho ergonômico



Essa geometria simples e iconográfica está aliada a uma ótima ergonomia. Rejeitando os assentos produzidos para deixar as pessoas com uma postura rígida e ereta, a concepção da Cadeira Eclipse privilegia a ideia de que o mobiliário deve se adaptar ao corpo humano e não o contrário. A elipse cumpre, assim, a função de proporcionar um assento confortável, convidativo ao descanso.



O acabamento da Cadeira Eclipse poderá ser produzido nas madeiras Jequitibá, Catuabá e Tauari. Os pés estão disponíveis em inox polido, escovado, envelhecido e laqueado. O estofado, por sua vez, está disponível em todas as opções de couros e tecidos. A tela natural rattan dá ainda um toque especial à peça, preenchendo o encosto.



Simples e complexa, ergonômica e iconográfica, a Cadeira Eclipse abrilhanta a Coleção Schuster 2017/2018, sendo uma excelente escolha para completar uma decoração singular e inventiva dos espaços.


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