Schuster Coleção 2017/2018: Poltrona Leve

Publicado em 22/01/2018

Bernardo Figueiredo é reconhecido como um dos principais nomes do design brasileiro contemporâneo. Nascido no Rio de Janeiro e formado em Arquitetura, Bernardo trabalhou com nomes importante da cultura nacional, como Sérgio Rodrigues e Joaquim Tenreiro. Nos anos 60, ganhou destaque por ter sido o responsável por diversos móveis icônicos que passaram a integrar a decoração do Palácio Itamaraty, em Brasília, tais como a Cadeira Bahia e a Poltrona Rio, que já ganhou destaque aqui no blog.



Em 2011, a Schuster iniciou um trabalho de reedição de algumas das principais peças de Bernardo, que viria a falecer em maio de 2012. Atualmente, ao todo são 19 os móveis do mestre carioca que integram o nosso catálogo. Com altos padrões de qualidade e criatividade, as criações de Bernardo valorizam os materiais e as técnicas brasileiras. Assim, ao reeditar essas peças, a Schuster firma também um gesto de valorização da expressão da nossa identidade cultural.



Duas criações de Bernardo foram relançadas em agosto 2017, passando a integrar a Coleção Schuster 2017/2018. Pensadas originalmente para a decoração do Palácio do Itamaraty, a volta dessas peças ao mercado marca também as comemorações dos 50 anos do edifício projetado por Oscar Niemeyer. Trata-se da Mesa de Centro Cristal  e da Poltrona Leve, a que hoje damos destaque.



 



A Poltrona Leve e o uso da madeira



A madeira foi uma das matérias-primas nacionais privilegiadas por Bernardo em suas criações.  É oportuno lembrar que o Brasil é o único país do mundo que foi batizado com o nome de uma madeira. O uso dessa matéria-prima remonta à nossa herança indígena, passa pelos colonizadores portugueses e deságua no móvel brasileiro moderno. Assim, o uso da madeira é por si só um gesto expressivo de valorização do nacional.



A Poltrona Leve é produzida em madeira maciça. O resultado é um móvel perene, extremamente resistente, podendo ser associado à vertente do Brutalismo, que marcou o design brasileiro nas décadas de 50 e 60. Trata-se de um movimento que buscava a “verdade estrutural” das criações e criticava a ornamentação vista como desnecessária. As peças de inspiração brutalista precisamente privilegiavam o uso da madeira, em sua tendência natural.



Essa tônica de “despojamento radical” se faz presente na Poltrona Leve. Trata-se de uma simplicidade só conquistada pelos grandes mestres. De fato, o móvel possui um desenho simples, com traços retilíneos precisos, depurados de quaisquer excessos, que veiculam a sensação de leveza que dá nome à peça.



 



A estética do conforto



 



Na Poltrona Leve, a largura do assento é bastante generosa (com cerca de 80 centímetros) e privilegia o conforto. O encosto é ligeiramente inclinado, formando um ângulo obtuso com o assento, convidando o usuário ao ócio e ao descanso. 



O assento e o encosto são estofados, com acabamentos disponíveis em todas as opções de tecidos e couros. Os materiais utilizados são a espuma de poliuretano, a fibra siliconizada e as percintas italianas, materiais extremamente resistentes e duráveis. Parte da extensão dos braços da poltrona é também estofada para proporcionar ainda mais conforto.



Com a reedição da Poltrona Leve, projetada originalmente nos anos 60, a Schuster proporciona a oportunidade única de levar para casa uma criação icônica do mestre Bernardo Figueiredo.


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